sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Mas de Repente...



T.J.



Mas de repente voltas

numa dor de esperança sem razão de ser


Da sua indiferença

agressivamente as coisas saem


Sentimo-nos cercados

ameaçados pelas coisas

e agora lamentamos o tempo perdido

a dispo-las a nosso favor


Porque é tempo de romper com tudo isto

é tempo de unir no mesmo gesto

o real e o sonho

é tempo de libertar as imagens as palavras

das minas do sonho a que descemos

mineiros sonambulos da imaginação


É tempo de acordar nas trevas do real

na desolada promessa

do dia verdadeiro.


Alexandre O'Neill (tempo de Fantasmas)

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