Picture perfect memories
scattered all around the floor.
Reaching for the phone
because I can't fight it anymore.
And I wonder if I ever cross your mind,
for me it heppens all the time.
It's a quarter after one,
I Im all alone
and I need you now!
Said I wouldn't call,
but I lost all control,
and I need you now!
And I don't know how I can do without
I just need you now!!!
domingo, 29 de agosto de 2010
sexta-feira, 27 de agosto de 2010
PENSAMENTO
Vai sempre longe o pensamento...
Foje, corre
e na corrida quantas vezes cai no abismo.
Quantas outras sobe à lua.
Não pára por um segundo.
Não dá tréguas.
Cansa, agride fere bem fundo,
ou beija afaga e adoça a vida.
Mas volta sempre
e quando volta não nos traz
senão a certeza
que nos deixa
sem sossego, sem pausa, sem paz.
Teresa
Foje, corre
e na corrida quantas vezes cai no abismo.
Quantas outras sobe à lua.
Não pára por um segundo.
Não dá tréguas.
Cansa, agride fere bem fundo,
ou beija afaga e adoça a vida.
Mas volta sempre
e quando volta não nos traz
senão a certeza
que nos deixa
sem sossego, sem pausa, sem paz.
Teresa
quinta-feira, 26 de agosto de 2010
PALAVRAS
Onde estão as palavras que não chegam?
Espero-as em vão!!!
Levou-as o tempo...
O tempo em que as sabia!
Agora, tal como ele também elas não voltam...
Teresa
Espero-as em vão!!!
Levou-as o tempo...
O tempo em que as sabia!
Agora, tal como ele também elas não voltam...
Teresa
terça-feira, 24 de agosto de 2010
ARBRES-Aux-LUEURS
Un mot,
pour lequel j'ai bien voulu te perdre:
le mot
jamais.
Il y avait,
de temps en temps tu le savais aussi,
il y avait
une liberté.
Nous nagions.
Sais-tu encore, que je chantais?
avec l'arbre-aux-lueurs, le gouvernail.
Nous nagions.
Sais-tu encore, que tu nageais?
Ouverte tu étais devant moi,
tu étais, étais
devant moi,
devant l'avancée de mon âme.
Je nageais pour nous deux. Je ne nageais pas.
L'arbre-aux-lueurs nageait.
Nageait-il? Il y avait
une mare autour. Il y avait l'étang sans fin.
Noir et sans fin, suspendu,
suspendu, en aval du monde.
Sais-tu encore, que je chantais?
Cette -
ô cette dérive.
Jamais. Aval du monde. Je ne chantais pas. Ouverte
tu étais devant moi, devant
l'âme en voyage.
Paul Celan (La Rose de Personne)
pour lequel j'ai bien voulu te perdre:
le mot
jamais.
Il y avait,
de temps en temps tu le savais aussi,
il y avait
une liberté.
Nous nagions.
Sais-tu encore, que je chantais?
avec l'arbre-aux-lueurs, le gouvernail.
Nous nagions.
Sais-tu encore, que tu nageais?
Ouverte tu étais devant moi,
tu étais, étais
devant moi,
devant l'avancée de mon âme.
Je nageais pour nous deux. Je ne nageais pas.
L'arbre-aux-lueurs nageait.
Nageait-il? Il y avait
une mare autour. Il y avait l'étang sans fin.
Noir et sans fin, suspendu,
suspendu, en aval du monde.
Sais-tu encore, que je chantais?
Cette -
ô cette dérive.
Jamais. Aval du monde. Je ne chantais pas. Ouverte
tu étais devant moi, devant
l'âme en voyage.
Paul Celan (La Rose de Personne)
domingo, 22 de agosto de 2010
CE N'EST PLUS
Cette
pesanteur parfois
plongée dans l'heure
avec toi. C'en est
une outre.
C'est le poids retenant le vide
qui avec
toi irait.
Il n'a, comme toi, pas de nom. Peut-être
êtes-vous la même chose. Peut-être
me donneras-tu aussi un jour ce
nom.
Paul Celan (La Rose de Personne)
pesanteur parfois
plongée dans l'heure
avec toi. C'en est
une outre.
C'est le poids retenant le vide
qui avec
toi irait.
Il n'a, comme toi, pas de nom. Peut-être
êtes-vous la même chose. Peut-être
me donneras-tu aussi un jour ce
nom.
Paul Celan (La Rose de Personne)
sábado, 21 de agosto de 2010
ERRATIQUE
Les soirs se creusent
sous ton oeil. Recueillies
avec la lèvre, des syllabes - beau
cercle en silence -
guident l'étoile qui rampe
vers leur centre. La pierre,
autrefois proche des tempes, ici s'ouvre:
auprès de tous
les soleils
dispersés, âme
tu étais, dans l'éther.
Paul Celan (La Rose de Personne)
sous ton oeil. Recueillies
avec la lèvre, des syllabes - beau
cercle en silence -
guident l'étoile qui rampe
vers leur centre. La pierre,
autrefois proche des tempes, ici s'ouvre:
auprès de tous
les soleils
dispersés, âme
tu étais, dans l'éther.
Paul Celan (La Rose de Personne)
segunda-feira, 16 de agosto de 2010
LEMBRANÇAS
Lembranças,
Tesouros guardados na memória.
Gaveta velha
Onde embolorecem os sonhos.
Amarrotadas, amarelas,
Já gastas pelo tempo,
São calor que amolece a alma
No vazio da vida.
Teresa
Tesouros guardados na memória.
Gaveta velha
Onde embolorecem os sonhos.
Amarrotadas, amarelas,
Já gastas pelo tempo,
São calor que amolece a alma
No vazio da vida.
Teresa
quinta-feira, 12 de agosto de 2010
AUSENCIA
Habré de levantar la vasta vida
que aún ahora es tu espejo:
Cada nañana habré de reconstruirla.
Desde que te alejate
cuantos lugares se han tornado vanos
y sin sentido, iguales
a luces en el dia.
Tardes que fueron nicho de tu imagen,
musicas en que siempre me aguardabas,
palabras de aquel tiempo
Yo tendré que quebrarlas con mis manos.
En que hondonada escondré mi alma
para que no vea tu ausencia
que como un sol terrible, sin ocaso,
brilla definitiva y despiadada?
Tu ausencia me rodea
cono la cuerda a la garganta,
al mar à que se hunde.
J.Luis Borges
que aún ahora es tu espejo:
Cada nañana habré de reconstruirla.
Desde que te alejate
cuantos lugares se han tornado vanos
y sin sentido, iguales
a luces en el dia.
Tardes que fueron nicho de tu imagen,
musicas en que siempre me aguardabas,
palabras de aquel tiempo
Yo tendré que quebrarlas con mis manos.
En que hondonada escondré mi alma
para que no vea tu ausencia
que como un sol terrible, sin ocaso,
brilla definitiva y despiadada?
Tu ausencia me rodea
cono la cuerda a la garganta,
al mar à que se hunde.
J.Luis Borges
quarta-feira, 11 de agosto de 2010
ES VERDAD
Ay qué tabajo me cuesta
quererte como te quiero!
Por tu amor, me duele el aire,
el corazón
y el sombrero.
Quién me compraria a mi
este cintillo que tengo
y esta tristeza que hilo
blanco, para hacer pañuelos?
Ay qué trabajo me cuesta
quererte como te quiero!
Frederico Garcia Lorca
quererte como te quiero!
Por tu amor, me duele el aire,
el corazón
y el sombrero.
Quién me compraria a mi
este cintillo que tengo
y esta tristeza que hilo
blanco, para hacer pañuelos?
Ay qué trabajo me cuesta
quererte como te quiero!
Frederico Garcia Lorca
terça-feira, 10 de agosto de 2010
GACELA DEL AMOR MARAVILLOSO
Con todo el yeso
de los malos campos
eras junco de amor, jasmin mojado.
Con sur y llama
de los malos cielos
eras rumor de nieve por mi pecho.
Cielos y campos
anudaban cadenas en mis manos
Campos y cielos
azotaban las llagas de mi cuerpo.
Frederico G. Lorca
de los malos campos
eras junco de amor, jasmin mojado.
Con sur y llama
de los malos cielos
eras rumor de nieve por mi pecho.
Cielos y campos
anudaban cadenas en mis manos
Campos y cielos
azotaban las llagas de mi cuerpo.
Frederico G. Lorca
domingo, 8 de agosto de 2010
Y DESPUÉS
Los laberintos
que crea el tiempo
se desvanecen.
(Sólo queda
el desierto)
El corazón
fuente del deseo,
se desvanece.
(Sólo queda
el desierto)
La ilusión de la aurora
y los besos
se desvanecen.
(Sólo queda
el desierto)
Un ondulado desierto
Frederico Garcia Lorca
que crea el tiempo
se desvanecen.
(Sólo queda
el desierto)
El corazón
fuente del deseo,
se desvanece.
(Sólo queda
el desierto)
La ilusión de la aurora
y los besos
se desvanecen.
(Sólo queda
el desierto)
Un ondulado desierto
Frederico Garcia Lorca
sexta-feira, 6 de agosto de 2010
ITENERÁRIO DO SILÊNCIO
À espera de um movimento de luz
retorno, sem hesitar, ao itenerário
secreto do silêncio e cultivo a solidão.
Multiplicando as sombras.
Peregrina de outras luas,
resgato a música
que me restou da infancia,
como um sobressalto
ou uma canção de embalar,
ou àgua fresca a ferir-me a boca,
de tanta sede.
Graça Pires
retorno, sem hesitar, ao itenerário
secreto do silêncio e cultivo a solidão.
Multiplicando as sombras.
Peregrina de outras luas,
resgato a música
que me restou da infancia,
como um sobressalto
ou uma canção de embalar,
ou àgua fresca a ferir-me a boca,
de tanta sede.
Graça Pires
quinta-feira, 5 de agosto de 2010
PROCURA-SE AMIGO
Não precisa ser homem, basta ser humano, basta ter sentimentos, basta ter coração.
Precisa saber falar e calar, sobretudo saber ouvir. Tem que gostar de poesia, de madru-
gada, de passaro, de sol, da lua, do canto, dos ventos e das canções de brisa. Deve ter
amor, um grande amor por alguém, ou então sentir a falta de não ter esse amor...
Deve amar o próximo e respeitar a dor que os passantes levam consigo. Deve guardar
segredo sem se sacrificar.
Não é preciso que seja de primeira mão, nem é imprescindível que seja de segunda mão.
Pode já ter sido enganado, pois todos os amigos são enganados. Não é preciso que seja
puro, nem que seja todo impuro, mas não deve ser vulgar. Deve ter um ideal e medo de
perdê-lo e, no caso de assim não ser, deve sentir o grande vácuo que isso deixa.
Tem que ter ressonâncias humanas, seu principal objectivo deve ser o de amigo.
Deve sentir pena das pessoas tristes e compreender o imenso vazio dos solitários.
Deve gostar de crianças e lastimar as que não puderam nascer.
Procura-se um amigo para gostar dos mesmos gostos, que se comova, quando chamado
de amigo. Que saiba conversar de coisas simples, de orvalhos, de grandes chuvas e das
recordações de infancia.
Precisa-se de um amigo para não se enloquecer, para contar o que se viu de belo e
triste durante o dia, dos anseios e das realizações, dos sonhos e da realidade. Deve gostar
de ruas desertas,de poças de àgua e de caminhos molhados, de beira de estrada, de mato
depois da chuva, de se deitar no capim.
Precisa-se de um amigo que diga que vale a pena viver, não porque a vida é bela, mas
porque já se tem um amigo. Precisa-se de um amigo para se parar de chorar. Para
não se viver debruçado no passado em busca de memórias perdidas. Que nos bata nos
ombros sorrindo ou chorando, mas que nos chame de amigo, para ter-se a consciência
de que ainda se vive.
Vinicius de Moraes
Precisa saber falar e calar, sobretudo saber ouvir. Tem que gostar de poesia, de madru-
gada, de passaro, de sol, da lua, do canto, dos ventos e das canções de brisa. Deve ter
amor, um grande amor por alguém, ou então sentir a falta de não ter esse amor...
Deve amar o próximo e respeitar a dor que os passantes levam consigo. Deve guardar
segredo sem se sacrificar.
Não é preciso que seja de primeira mão, nem é imprescindível que seja de segunda mão.
Pode já ter sido enganado, pois todos os amigos são enganados. Não é preciso que seja
puro, nem que seja todo impuro, mas não deve ser vulgar. Deve ter um ideal e medo de
perdê-lo e, no caso de assim não ser, deve sentir o grande vácuo que isso deixa.
Tem que ter ressonâncias humanas, seu principal objectivo deve ser o de amigo.
Deve sentir pena das pessoas tristes e compreender o imenso vazio dos solitários.
Deve gostar de crianças e lastimar as que não puderam nascer.
Procura-se um amigo para gostar dos mesmos gostos, que se comova, quando chamado
de amigo. Que saiba conversar de coisas simples, de orvalhos, de grandes chuvas e das
recordações de infancia.
Precisa-se de um amigo para não se enloquecer, para contar o que se viu de belo e
triste durante o dia, dos anseios e das realizações, dos sonhos e da realidade. Deve gostar
de ruas desertas,de poças de àgua e de caminhos molhados, de beira de estrada, de mato
depois da chuva, de se deitar no capim.
Precisa-se de um amigo que diga que vale a pena viver, não porque a vida é bela, mas
porque já se tem um amigo. Precisa-se de um amigo para se parar de chorar. Para
não se viver debruçado no passado em busca de memórias perdidas. Que nos bata nos
ombros sorrindo ou chorando, mas que nos chame de amigo, para ter-se a consciência
de que ainda se vive.
Vinicius de Moraes
terça-feira, 3 de agosto de 2010
PORQUÊ
Por que nascemos para amar, se vamos morrer?
Por que morrer, se amamos?
Por que falta sentido
ao sentido de viver, amar, morrer???
Carlos Drummond de Andrade
Por que morrer, se amamos?
Por que falta sentido
ao sentido de viver, amar, morrer???
Carlos Drummond de Andrade
NÃO PASSOU
Passou?
Minusculas eternidades deglutidas por minimos relógios
ressoam na mente cavernosa.
Não, ninguem morreu, ninguem foi infeliz.
A mão - a tua mão, nossas mãos -
rugosas, têm o antigo calor
de quando éramos vivos. Éramos?
Hoje somos mais vivos do que nunca.
Mentira, estamos sós.
Nada, que eu sinta passa realmente.
É tudo ilusão de ter passado.
Carlos Drummond de Andrade
Minusculas eternidades deglutidas por minimos relógios
ressoam na mente cavernosa.
Não, ninguem morreu, ninguem foi infeliz.
A mão - a tua mão, nossas mãos -
rugosas, têm o antigo calor
de quando éramos vivos. Éramos?
Hoje somos mais vivos do que nunca.
Mentira, estamos sós.
Nada, que eu sinta passa realmente.
É tudo ilusão de ter passado.
Carlos Drummond de Andrade
segunda-feira, 2 de agosto de 2010
NÃO SER
Ah! arrancar às carnes laceradas
Seu mísero segredo de consciência!
Ah! poder ser apenas florescência
De astros em puras noites deslumbradas!
Ser nostálgico choupo ao entardecer,
De ramos graves, plácidos, absortos
Na mágica tarefa de viver!
Quem nos deu asas para andar de rastos?
Quem nos deu olhos para vêr os astros
- Sem nos dar braços para os alcançar?!...
Florbela Espanca
Seu mísero segredo de consciência!
Ah! poder ser apenas florescência
De astros em puras noites deslumbradas!
Ser nostálgico choupo ao entardecer,
De ramos graves, plácidos, absortos
Na mágica tarefa de viver!
Quem nos deu asas para andar de rastos?
Quem nos deu olhos para vêr os astros
- Sem nos dar braços para os alcançar?!...
Florbela Espanca
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