Mas eu que não tenho memória de Paraísos Perdidos
Nem busco Terras Prometidas
Recuso a ideia de Deus,
essa Divindade cruel e caprichosa,
sem motivo convincente
que permite neste mundo o supremo escândalo
de crianças com fome,
crianças que sofrem e morrem
Defronto esse absurdo
"abismo sem fim, colocado diante do ser humano."
Estarei sempre do lado dos outros
declarar o meu inconformismo
face à impotência humana contra a morte
A minha meta é o presente, aqui e agora
O passado, são àguas passadas.Que enterrem os seus mortos.
O futuro trará os seus cuidados
Não me pertence. Não me pertencerá.
Esse o meu compromisso com a vida.
A minha liberdade de escolher
os meus caminhos
Os meus rios.
A liberdade de recusar adiar a hora de viver
Não evito o presente
Pepetela.
segunda-feira, 16 de novembro de 2009
quinta-feira, 5 de novembro de 2009
S/Título
Neste espaço a si próprio condenado
Dum momento para o outro pode entrar
Um pássaro que levante o céu
e sustente o olhar.
Alexandre O'Neil
Dum momento para o outro pode entrar
Um pássaro que levante o céu
e sustente o olhar.
Alexandre O'Neil
domingo, 1 de novembro de 2009
O OUTRO
Feridas mais fundas do que em mim
abriu em ti o silêncio,
estrelas maiores
enredam-te na rede dos seus olhares,
cinza mais branca
repousa sobre a palavra em que acreditaste
abriu em ti o silêncio,
estrelas maiores
enredam-te na rede dos seus olhares,
cinza mais branca
repousa sobre a palavra em que acreditaste
O OUTRO
Feridas mais fundas do que em mim
abriu em ti o silêncio,
estrelas maiores
enredam-se na rede dos seus olhares,
cinza mais branca
repousa sobre a palavra em que acreditaste.
abriu em ti o silêncio,
estrelas maiores
enredam-se na rede dos seus olhares,
cinza mais branca
repousa sobre a palavra em que acreditaste.
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