sábado, 14 de setembro de 2013

Soneto de Um Amor Maior

T.J.
 
Maior amor nem mais estranho existe
Que o meu, que não sossega a coisa amada
E quando a sente alegre, fica triste
E se a vê descontente, dá  risada
 
E que só fica em paz se lhe resiste
O amado coração. e que se agrada
Mais da eterna aventura em que persiste
Que de uma vida mal aventurada
 
Louco amor meu, que quando toca, fere
E quando fere vibra, mas prefere
Ferir a fenecer - e vive a esmo
 
Fiel à sua lei de cada instante
Desassombrado, doido, delirante
Numa paixão de tudo e de si mesmo
 
 
Vinicios de Morais