Aparelhei o barco da ilusão
e reforcei a fé de marinheiro.
Era longe o meu sonho e traiçoeiro,
o mar.....
(só nos é concedida
esta vida
que temos;
e é nela que é preciso
procurar
o velho paraíso
que perdemos)
Prestes larguei a vela
e disse adeus ao cais, à paz tolhida
Desmedida,
a revolta imensidão
transforma o dia a dia, a embarcação
numa errante e alada sepultura....
Mas corto as ondas sem desanimar.
Em qualquer aventura,
o que importa é partir, não é chegar
Miguel Torga.
quarta-feira, 26 de maio de 2010
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