Hà noites que são feitas dos meus braços
e um silêncio comum às violetas
e hà sete luas que são sete traços
de sete noites que nunca foram feitas.
Hà noites que levamos à cintura
como um cinto de grandes borboletas
e um risco a sangue na nossa carne escura
duma espada a baínha de um cometa.
Hà noites que nos deixam para trás
enrolados no nosso desecanto
e cisnes brancos que só são iguais
à mais longinqua onda de seu canto
Hà noites que nos levam para onde
o fantasma de nós fica mais perto:
e é sempre a nossa voz que nos responde
e só o nosso nome estava certo
Natália Correia
quinta-feira, 6 de maio de 2010
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