Olhos:
Brilhantes da chuva que caiu
quando Deus me mandou beber.
Olhos:
Ouro que a noite me contou nas mãos,
quando colhi urtigas
e fiz arrepender as sombras dos Provérbios
Olhos:
noite, que sobre mim resplandeceu, quando escancarei o portão
e atravessado pelo gelo invernoso das minhas fontes
saltei pelos lugares da eternidade.
Paul Celan (Papoila e memória)
terça-feira, 22 de junho de 2010
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