Como corre a gazela
pela sombra dos bosques,
enlouquecida pelo próprio perfume.
Assim corro eu , enlouquecido,
nesta noite de coração de Maio
aquecida pela brisa do Sul.
Perdi o caminho
e erro ao acaso.
Quero o que não tenho
e tenho o que não quero.
A imagem do meu próprio desejo
sai do meu coração
e, dançando diante de mim,
cintila uma e outra vez,
subitamente.
Quero agarrá-la, mas escapa-se.
E, já longe chama-me outra vez
do atalho...
Quero o que não tenho
e tenho o que não quero.
Rabindranath Tagore(O coração da Primavera)
domingo, 27 de junho de 2010
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