Este infinito amor que um ano faz
Que é maior do que o tempo e do que tudo
Este amor que é real, e que contudo,
eu já não cria que existisse mais.
Este amor que surgiu insuspeitado
e que dentro do drama fez-se em paz
este amor que é o túmulo onde jaz
Meu corpo para sempre sepultado.
Este amor meu é como um rio; um rio
Noturno, interminável e tardio
a delizar macio pelo ermo
E que em seu curso sideral me leva
Iluminado de paixão na treva
Para o espaço sem fim de um mar sem termo...
Vinícios de Moraes
quarta-feira, 7 de abril de 2010
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