Um monte de sonhos,
ilusões brilhantes
que foram perdendo a luz...
Esvaneceram-se!
Como nuvens foram-se espalhando
soprados pelos ventos da vida.
O que restou?
Só a leve luz da esperança
de que um dia chegue a bonança
e me traga de volta
o que ficou para trás.
T.J.
terça-feira, 28 de junho de 2011
segunda-feira, 27 de junho de 2011
quarta-feira, 22 de junho de 2011
TERNURA
Eu te peço perdão por te amar de repente
Embora o meu amor seja uma velha canção nos teus
ouvidos.
Das horas que passei à sombra dos teus gestos
Bebendo em tua boca o perfume dos sorrisos
Das noites que vivi acalentado
Pela graça indizível dos teus passos
eternamente fugindo
Trago a doçura dos que aceitam
melancólicamente.
E posso te dizer que o grande afeto que te
deixo
Não traz o exaspero das lágrimas nem a
fascinação das promessas
Nem as misteriosas palavras dos véus da
alma...
É um sossego, uma unção, um transbordamento
de carícias
e só te pede que repouses quieta, muito
quieta
E deixes que as mãos cálidas da noite
encontrem sem fatalidade o olhar extatico da
aurora.
Vinicius de Moraes
Embora o meu amor seja uma velha canção nos teus
ouvidos.
Das horas que passei à sombra dos teus gestos
Bebendo em tua boca o perfume dos sorrisos
Das noites que vivi acalentado
Pela graça indizível dos teus passos
eternamente fugindo
Trago a doçura dos que aceitam
melancólicamente.
E posso te dizer que o grande afeto que te
deixo
Não traz o exaspero das lágrimas nem a
fascinação das promessas
Nem as misteriosas palavras dos véus da
alma...
É um sossego, uma unção, um transbordamento
de carícias
e só te pede que repouses quieta, muito
quieta
E deixes que as mãos cálidas da noite
encontrem sem fatalidade o olhar extatico da
aurora.
Vinicius de Moraes
sábado, 18 de junho de 2011
PERSIANAS
quarta-feira, 15 de junho de 2011
CIÚME
Tão perto do ciúme
amor
das tuas palpebras
do crespo do teu
cheiro
da tua aspereza clara
tão perto do volume
longo que resvala
da pele dos teus dedos
amor
Da tua fala.
Maria Teresa Horta (Amor Habitado)-Poesia Reunida
amor
das tuas palpebras
do crespo do teu
cheiro
da tua aspereza clara
tão perto do volume
longo que resvala
da pele dos teus dedos
amor
Da tua fala.
Maria Teresa Horta (Amor Habitado)-Poesia Reunida
segunda-feira, 13 de junho de 2011
sábado, 11 de junho de 2011
SONETO A QUATRO MÃOS
T.J.
Tudo de amor que existe em mim foi dado
Tudo que fala em mim de amor foi dito
Do nada em mim o amor fez o infinito
Que por muito tornou-me escravizado.
Tão prodigo de amor fiquei coitado
Tão fácil para amar fiquei proscrito
Cada voto que fiz ergueu-se em grito
Contra o meu proprio dar demasiado.
Tenho dado de amor mais que coubesse
Nesse meu pobre coração humano
Desse eterno amor meu antes não desse
Pois se por tanto dar me fiz engano
Melhor fora que desse e recebesse
Para viver da vida o amor sem dano.
Vinicius de Moraes.
quinta-feira, 9 de junho de 2011
quarta-feira, 8 de junho de 2011
VOAVA...
XVI.
Voava
Com a memória
das asas
No silêncio inverso
do silêncio
e do sono.
Maria Teresa Horta
(Anjos da memória-Poesia Reunida)
Voava
Com a memória
das asas
No silêncio inverso
do silêncio
e do sono.
Maria Teresa Horta
(Anjos da memória-Poesia Reunida)
sábado, 4 de junho de 2011
COM MEDO DE VOAR...
Às vezes,
é tarde demais para seguir em frente.
Às vezes,
é cedo de mais para voltar atrás.
O tempo é inverso à nossa vontade,
e o que nos atrai já não é verdade.
É fácil não estar no lugar marcado
e tão fácil seguir o caminho errado!
Às vezes,
eu não salto, com medo de voar.
Às vezes ,
eu não sonho com medo de acordar.
Às vezes,
eu não canto com medo de me ouvir!!!.
sexta-feira, 3 de junho de 2011
POEMA 1964
I.
Ya no es mágico el mundo
te han dejado.
Ya no compartirás la clara luna
ni los lentos jardines. Ya no hay una
luna que no sea espejo del passado,
cristal de soledad, sol de agonias.
Adiós las mutuas manos y las sienes
que acercaba el amor. Hoy sólo tienes
la fiel memoria y los desiertos dias.
Nadie pierde (repites vanamente)
Sino lo que no tiene y no hay tenido
nunca, pero no basta ser valiente
para aprender el arte del olvido.
Un símbolo, una rosa, te desgarra
y te puede matar una guitarra.
II.
Ya no será feliz. Talvez no importa.
Hay tantas otras cosas en el mundo;
un instante cualquiera es más profundo
y diverso que el mar. La vida es corta
y aunque las horas son tan largas, una
oscura maravilla nos acecha,
la muerte, ese otro mar, esa otra flecha
que nos libra del sol y de la luna
y del amor. La dicha que me diste
y me quitaste debe ser borrada;
lo que era toodo tiene que ser nada.
Sólo que me queda el goce de estar triste,
esa vana costumbre que me inclina
al Sur, a cierta puerta, a cierta esquina.
J.Luis Borges
Ya no es mágico el mundo
te han dejado.
Ya no compartirás la clara luna
ni los lentos jardines. Ya no hay una
luna que no sea espejo del passado,
cristal de soledad, sol de agonias.
Adiós las mutuas manos y las sienes
que acercaba el amor. Hoy sólo tienes
la fiel memoria y los desiertos dias.
Nadie pierde (repites vanamente)
Sino lo que no tiene y no hay tenido
nunca, pero no basta ser valiente
para aprender el arte del olvido.
Un símbolo, una rosa, te desgarra
y te puede matar una guitarra.
II.
Ya no será feliz. Talvez no importa.
Hay tantas otras cosas en el mundo;
un instante cualquiera es más profundo
y diverso que el mar. La vida es corta
y aunque las horas son tan largas, una
oscura maravilla nos acecha,
la muerte, ese otro mar, esa otra flecha
que nos libra del sol y de la luna
y del amor. La dicha que me diste
y me quitaste debe ser borrada;
lo que era toodo tiene que ser nada.
Sólo que me queda el goce de estar triste,
esa vana costumbre que me inclina
al Sur, a cierta puerta, a cierta esquina.
J.Luis Borges
quarta-feira, 1 de junho de 2011
Subscrever:
Mensagens (Atom)