"A Alguem muito especial"
Queda prohibido llorar sin aprender,
levantarse un dia sin saber que hacer,
tener miedo a tus recuerdos.
Queda prohibido no sonreír a los problemas,
no luchar por lo que quieres,
abandonarlo todo por miedo,
no convertir en realidad tus sueños.
Queda prohibido no demostrar tu amor,
hacer que alguien pague tus deudas y el mal humor.
Queda prohibido dejar a tus amigos,
no intentar comprender lo que vivieron juntos
llamarles solo quando necesitas.
Queda prohibido no ser tú ante la gente,
fingir ante las personas que no te impotan,
hacerte el gracioso con tal de que te recuerden,
olvidar a toda la gente que te quíere.
Queda prohibido no hacer las cosas por ti mismo,
tener miedo a la vida y a sus compromissos,
no vivir cada dia como si fuera un ultimo suspiro.
Queda prohibido echar alguien de menos sin
alegrarte, olvidar sus ojos, su risa,
todo porque sus camiños han dejado de abrazarse,
olvidar su pasado y pagarlo con su presente.
Queda prohibido no intentar comprender a las personas,
pensar que sus vidas valen mas que la tuya,
no saber que cada uno tiene su camiño e su dicha.
Queda prohibido no crear tu historia,
no tener un momento para la gente que te necesita,
no comprender que lo que la vida te da, tambien te lo quita.
Queda prohibido no buscar tu felicidad,
no vivir tu vida con una actitud positiva,
no pensar en que podemos ser mejores,
no sentir que sin ti este mundo no seria igual.
Pablo Neruda.
segunda-feira, 31 de dezembro de 2012
sexta-feira, 28 de dezembro de 2012
quarta-feira, 26 de dezembro de 2012
segunda-feira, 24 de dezembro de 2012
LADAINHA DOS PÓSTOMOS NATAIS
T.J.
Há-de vir um Natal e será o primeiro
em que se veja à mesa o meu lugar vazio
Há-de vir um Natal e será o primeiro
em que hão-de me lembrar de modo menos nítido
Há-de vir um Natal e será o primeiro
em que só uma voz me evoque a sós consigo
Há-de vir um Natal e será o primeiro
em que não viva já ninguem meu conhecido
Há-de vir um Natal e será o primeiro
em que nem vivo esteja verso deste livro
Há-de vir um Natal e será o primeiro
em que terei de novo o NADA a sós comigo
Há-de vir um Natal e será o primeiro
em que nem o Natal terá qualquer sentido
Há-de vir um Natal e será o primeiro
em que o NADA retome a cor do Infinito.
David Mourão Ferreira
domingo, 23 de dezembro de 2012
segunda-feira, 17 de dezembro de 2012
SONETO DA SEPARAÇÃO
T.J.´
De repente do riso fez-se o pranto
Silencioso e branco como a bruma
E das bocas unidas fez-se a espuma
E das mãos espalmadas fez-se o espanto.
De repente da calma fez-se o vento
Que dos olhos desfez a ultima chama
E da paixão fez-se o pressentimento
E do momento imovel fez-se o drama.
De repente, não mais que de repente
fez-se de triste o que fez amante
E de sozinho o que se fez contente.
Fez-se do amigo próximo distante
Fez-se da vida uma aventura errante
De repente, não mais que de repente.
Vinícios de Moraes
quinta-feira, 13 de dezembro de 2012
quarta-feira, 12 de dezembro de 2012
A DANÇA -Pablo NERUDA
T.J.
Não te amo como se fosse a rosa de sal, topázioou flechas de cravos que propagam o fogo:
Te amo como se amam certas coisas obscuras,
secretamente, entre a sombra e a alma:
Te amo como a planta que não floresce e leva
dentro de si, oculta, a luz daquelas flores,
E graças a teu amor vive escuro em meu corpo
o apertado aroma que ascendeu da terra.
Te amo sem saber como, nem quando, nem onde,
Te amo assim directamente sem problemas nem orgulho:
assim te amo porque não sei amar de outra maneira,
senão assim deste modo que não sou nem és,
tão pertro que tua mão sobre o meu peito é minha,
tão perto que se fecham teus olhos com meu sonho.
Antes de amar-te, amor, nada era meu.
Vacilei pelas ruas e as coisas:
Nada contava nem tinha nome:
O mundo era do ar que esperava
E conheci salões cinzentos,
túneis habitados pela lua,
Hangares crueis que se dependiam
Perguntas que insistiam na areia.
Tudo estava vazio, morto e mudo,
caído, abandonado, decaído,
Tudo era inalianavelmente alheio,
Tudo era de outros e de ninguem,
Até qua a tua beleza e tua pobreza
de dádivas encheram o outono.
segunda-feira, 10 de dezembro de 2012
Não Quero mais Que o Dado
T.J.
Do que quero, renego. se o querê-lo
me pesa na vontade. Nada que haja
vale que lhe concedamos
uma atenção que doa.
Meu balde exponho à chuva, por ter àgua
Minha vontade, assim, ao mundo exponho,
recebo o que me é dado,
e o que falta não quero.
O que me é dado quero
depois de dado, grato.
Nem quero mais que o dado
ou que o tido desejo.
Ricardo Reis (Odes)
quarta-feira, 5 de dezembro de 2012
QUEDA
T.J.
E eu que sou o rei de toda esta incoerência,
Eu próprio turbilhão, anseio por fixá-la
E giro até partir... Mas tudo me resvala
Em bruma e sonolência
Se acaso em minhas mãos fica um pedaço de ouro,
volve-se logo falso... ao longe o arremesso...
Eu morro de desdém em frente dum tesouro,
Morro à mingua do excesso.
Alteio-me na côr à força de quebranto,
Estendo os braços de alma - e nela me espanto venço!...
Peneiro-me na sombra - em nada me condenso...
Agonias de luz eu vibro ainda entanto
Não me pude vencer, mas posso-me esmagar,
- Vencer às vezes é o mesmo que tombar -
E como inda sou luz, um grande retrocesso,
em raivas ideais ascendo até ao fim:
Olho do alto o gelo, ao gelo me arremesso
.............
Tombei...
E fico só esmagado sobre mim!...
Mário de Sá Carneiro (Dispersão)
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